quarta-feira, 18 de junho de 2014

Como podemos ser tão diferentes se somos tão iguais ?  - Os Pirahãs

 
Os pirarrãs ou piraãs, também chamados de pirahãs ou mura-pirahãs, são um povo indígena brasileiro de caçadores-coletores, que se destacam de outras tribos pela diferença linguística e cultural. Hiaitsiihi é a autodenominação do grupo, significando um dos seres ibiisi ("corpos") que habitam uma das muitas camadas que compõem o cosmos. Eles habitam um trecho das terras cortadas pelo Rio Marmelos e quase toda a extensão do Rio Maici, no município de Humaitá, estado brasileiro do Amazonas. Os pirarrãs concebem o tempo como uma alternância entre duas estações bem marcadas, definidas pela quantidade de água que cada uma possui: piaiisi (época da seca) e piaisai (época da chuva). Segundo a Funasa, em 2010, a população pirarrã era de aproximadamente 420 pessoas.
Apaitsiiso ("aquilo que sai da cabeça") é como os pirahãs se referem à sua língua, o pirarrã, classificada como pertencente à família Mura.
Uma característica curiosa dessa tribo é o fato de seus membros não acreditarem em nada que eles não possam ver, sentir ou que não possa ser provado ou presenciado. Por esse motivo a tribo não acredita em espírito supremo ou divindade criadora, apenas em espíritos menores que às vezes tomam a forma de coisas no ambiente (devido a experiência pessoal de cada indivíduo), e que a terra e o céu sempre existiram, ninguém os criou. Esforços já foram feitos para convertê-los ao cristianismo, talvez o mais relevante seja o do missionário Daniel Everett que nos anos 70 tentou evangelizar a tribo. Sem sucesso, escreveu um livro em que descreve sua cultura. Segundo ele, os indígenas perderam o interesse em Jesus quando descobriram que Everett nunca o viu de fato. Seu constante contato com este tipo de pensamento acabou transformando Everett em ateu.
Devido a característica única de sua língua, os Pirahã não conseguem entender conceitos que outras culturas desenvolveram como o cálculo. Sua denominação numérica não vai além do número três: eles usam palavras genéricas e relativas como "poucos" e "muitos" para quantificar as coisas. É possível ensiná-los, mas devido à pouca ou nenhuma utilização desses conceitos em sua cultura eles nunca chegam a desenvolvê-los. O interessante é que por não conjugar os verbos no passado e nem no futuro , esse povo parece viver apenas no presente , sem preocupações , planejamentos para o futuro ou lembranças do passado . Não há recursividade na língua desse povo, ou seja , não são capazes de formar sentenças e , na língua, faltam os conectivos tão importantes para o encadeamento lógico de ideias . Essa descoberta causou o maior reboliço entre os linguistas , pois para Noah Chomsky , considerado o maior linguista contemporâneo, toda língua é recursiva. Mas o que é recursividade ? O que ela  tem  a ver com a língua?

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A linguagem , a língua e a fala... O que são?

A linguagem é  algo  inerente ao ser humano. Todos nós temos   uma gramática implícita  que  torna possível a comunicação com os outros . Ela é  quem  diferencia o homem do animal. Usamos diversos tipos de linguagem para nos comunicarmos. A linguagem escrita,   que pode obedecer ou não  às normas vigentes de uma  dada língua,   é  chamada de linguagem verbal , enquanto a linguagem não-verbal  está relacionada à figuras, imagens , danças, códigos e símbolos. Sem  deixar de salientar também a linguagem corporal , pois  muitas vezes falamos  com o nosso corpo e nem p
percebemos .
A língua é um conjunto de códigos impressos na  nossa mente. Ela é  coletiva , psicológica  e sincrônica. A  fala é a língua em ação , ela é psicofísica , individual ,  diacrônica e dinâmica .
Não existe consenso entre os antropólogos acerca de quando e como teria surgido a linguagem nos seres humanos (ou em seus ancestrais). As estimativas variam consideravelmente, sendo que alguns cientistas apontam para a existência de linguagem há 2 milhões de anos entre os Homo habilis, enquanto outros preferem localizá-la há quarenta mil anos apenas, no tempo do homem de Cro-magnon. No entanto, evidências recentes indicam que a linguagem humana foi inventada (ou evoluiu) na África  antes da dispersão dos humanos pelo globo a partir dessa região há cerca de 50 mil anos. Além disso, é lógico supor que, como todos os grupos humanos conhecidos possuem línguas, a língua natural deve ter figurado entre os ancestrais de todos esses grupos.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Crie asas lendo!

Por que ler ? Você já parou para pensar  que quanto mais lemos mais nos tornamos  conscientes do mundo e de nós mesmos ? Muitos se desesperam quando precisam  redigir uma simples redação. Isso é falta de leitura.  Para Bamberger a leitura é a chave para o acesso dessa fonte do saber, que possibilita o crescimento. Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita . Habitue-se a ler! Crie asas!